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Saudades de Marinês a Rainha

Saudades de Marinês a Rainha

 

 

 

 

 

  Saudades de Marinês

 

 

   Clã Brasil e Marinês - Bate Coração

 

 

  Marinês - Jerimum de Gogó

 

 

  Marinês - Festival de Itaunas 2006

  

  Memórias - Marinês

Artistas campinenses fazem homenagem à ‘Rainha do Xaxado’ com tributo em ’show missa’.
“Marinês foi a primeira cantora nordestina a inserir a música regional no contexto da música brasileira, que até então ficava nos quadrantes do Nordeste, além de abrir caminho, como já citou Alceu Valença, para quem veio depois, como Elba Ramalho, Kátia de França e tantos outros”, destacou o sociólogo Noaldo Ribeiro, ao falar da importância da mulher, cantora e eterna ‘Rainha do Xaxado’ para a música nordestina e a sua grande contribuição para as ‘coisas’ do Nordeste. No dia 14 de maio de 2007, morria Maria Inês Caetano de Oliveira, a Marinês, aos 71 anos, uma mulher que mudou o rumo da música nordestina e o destino de muitos herdeiros do forró.

E para marcar os três anos de saudades será realizado hoje, às 16h, na Igreja Nossa Senhora de Fátima, na Palmeira, o Tributo a Marinês, que é uma missa cantada ao som da música regional. Será um ’show missa’ com a participação de artistas de Campina Grande, na celebração da missa nos acordes da sanfona, com a celebração do Padre Assis Pereira. A organização da missa é dos fãs que se tornaram amigos de Marinês Tereza Batista e Johann Sérgio.

Participarão das homenagens, os 3 do Nordeste, Eneida Agra Maracajá (ativista cultural), Verônica Rios, Adauto Ferreira, Trio Raizes do Forró, Kátia Virgínia e Gabmar Cavalcante, Marcelo e Roseane, Alane Fernandes (diretora do Teatro Municipal), Cicinho – o vaqueiro do forró, Elton Orlando, Assis Farias, Celso Othon (filho de Marinês), Inaudete Amorim, Adriano e José, Forró D’luco e o grupo folclórico Originis.

A celebração terá início com uma mensagem de Eneida Agra seguida da música ‘Sem rei e sem rainha’ uma composição de Adauto Ferreira, quando da morte da cantora. Inaudete Amorim canta “Campina Grande” e Kátia Virgínia e Gabmar Cavalcante, interpretará “Mensagem da Flor”, um bolero gravado pela homenageada.

No ofertório, o grupo folclórico Originis apresentará ao público, roupas e objetos usados em shows pela ‘Rainha do Xaxado’, como chapéu de couro e triângulo. Na comunhão, Kátia Virgínia cantará “Aquarela nordestina”, uma das preferidas de Marinês. Encerrando a celebração, ‘Ave Maria sertaneja’, cantada por ela, na missa do vaqueiro, em Exú.

“São três anos de saudade, mas saudade da boa, aquela que não nos faz sofrer. Assim celebramos em festa, com as bênçãos da fé e ao som da sanfona, alegria que Marinês deixou de herança”, finaliza Noaldo.

Chamada de Luiz Gonzaga de saia pelo próprio ‘Rei do Baião’, Marinês foi uma mulher forte, que preservou a raiz nordestina em suas músicas, mantendo a autenticidade do povo de sua terra. Fez parte de uma rara classe de mitos nordestino do forró e teve como referência, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. A música ‘Meu Cariri’, de Rosil Cavalcanti, já tinha o som de sua voz marcando o ritmo da canção que virou hino, chegando a emocionar Dominguinhos, ao ouvi-la cantar. “No meu cariri/quando a chuva não vem/não fica lá ninguém/somente Deus ajuda/se não vier do céu/chuva que nos acuda/macambira morre/xique-xique seca/juriti se muda…”.


Há três anos, transcorrido no dia 14, morria a cantora Foto:Xico Morais/DB/D.A Press

E era assima vida desta mulher que fez história na música nordestina: coroada de emoções, fortes emoções. Filha do ex-cangaceiro do bando de Lampião Manoel Caetano de Oliveira e da dona de casa Josefa Maria de Oliveira, dona Donzinha, a menina Maria Inês Caetano de Oliveira, que nasceu em 1936, em São Vicente Ferrer , Pernambuco, tornou paraibana de Campina Grande.

As músicas que mais atraiam a sua atenção eram os sucessos do Rei do Baião, divulgadas pelos altos falantes em postes das difusoras de Campina Grande: ‘Qui nem Jiló’, ‘Respeita Januário’, ‘Xanduzinha’, ‘No Ceará não Tem disso não’ e ‘Asa Branca’.

Para Kátia Virgínia, cantora que há 30 anos canta as músicas da ‘Rainha do Xaxado’, Marinês é a maior referência da música nordestina. “Marinês é única, autêntica e fiel às raízes do Nordeste e por isso a sua música nunca morrerá”, frisou. Gabmar Cavalcante enfatiza dizendo que ela é talento fenomenal, dona de uma voz extraordiária.

“Convivi com Marinês desde o início dos anos 60, depois ela veio morar perto da minha residência e sempre nos falamos. Além do respeito profissional, sempre tive uma grande admiração pela mulher de talento e simplicidade sem tamanho”, lembrou a cantora.